Esta ciranda é uma homenagem à: CECÍLIA
MEIRELES "...Liberdade, essa palavra que o
sonho humano alimenta que não há ninguém que
explique e ninguém que não entenda..."
(Romanceiro da Inconfidência)
Filha de Carlos Alberto de
Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil S.A., e de D. Matilde
Benevides Meireles, professora municipal, CECÍLIA Benevides de Carvalho MEIRELES
nasceu em 07/11/1901, na Tijuca, RJ. Foi a única
sobrevivente dos quatros filhos do casal. Cecília Meireles,
denominada "A Poetisa da Alma", escreveu: "Nasci aqui mesmo no
Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes
dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos
contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal
intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o
Eterno." Foi assim julgada pelo crítico Paulo
Rónai: "Considero o lirismo de Cecília Meireles o mais elevado
da moderna poesia de língua portuguesa. Nenhum outro poeta iguala o seu
desprendimento, a sua fluidez, o seu poder transfigurador, a sua simplicidade e
seu preciosismo, porque Cecília, só ela, se acerca da nossa poesia primitiva e
do nosso lirismo espontâneo...A poesia de Cecília Meireles é uma das mais puras,
belas e válidas manifestações da literatura contemporânea."
Faleceu no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964.
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro, Nem estes olhos tão
vazios, Nem o lábio amargo.
Eu não tinha
estas mãos sem força, Tão paradas e frias e
mortas; Eu não tinha este coração Que nem se
mostra.
Eu não dei por esta mudança, Tão
simples, tão certa, tão fácil: - Em que espelho ficou
perdida A minha face?
Participantes:
01- Marcos Milhazes*** 02- Eliane Gonçalves*** 03-
Tere Penhabe 04- Rejane Pino 05- Graça Ribeiro 06- *Emiele* 07-
Regina Bertoccelli 08- Beatriz por um triz* 09- Giuseppe Martinelli 10-
Machado de Carlos 11- Maria Isabel Galveias 12- José Geraldo Martinez
13- Lauro Kisielewicz 14- Regina Sant'Anna 15- Mário Osny Rosa 16-
Lu_guerreira 17- Nelim Monti 18- Arneyde T. Marcheschi 19-
Zuleika 20- Maurício Santanelli 21- Maria Thereza Neves 22- Marisa
Francisco 23- Maria Augusta Christo de Gouvêa 24- Thereza Mattos 25-
Sueli do Espirito Santo 26- Bernardino Matos 27- Estela Belém 28- Maria
da Fonseca 29- faffi /Silvia Giovatto 30- João Carlos (Rother) 31-
Vyrena 32- Natália Vale 33- João de Abreu Borges 34- Andreia Cristina
Guadagnin 35- Alfonsina Pais 36- Tarcísio Ribeiro Costa 37- Ilona
Bastos 38- Renate Emanuele 39- Margaret Pelicano
|
40- Vilma Oliveira 41- Armando Sousa 42- gina
43- Maria Anjinha 44- Laura B. Martins 45- Marcial Salaverry 46-
MaséFrota 47- Naidaterra 48- Nancy Pimentel 49- Roseli Busmair 50-
Simone Borba Pinheiro 51- Mercedes Paiva 52- Azoriana 53- Tânia
Ailene 54- Carmo Vasconcelos 55- Luís Carlos Belo Araújo 56- Ivone
Zouain Zuppo 57- Pilar Casagrande 58- Millie 59- © Noris Roberts 60-
Priscila de Loureiro Coelho 61- Célia Lamounier 62- Célia Jardim 63-
Raquel Caminha 64- Edna Liany Carreon 65- Gena Maria 66- José Carlos
Avelar 67- João de Assis 68- Jorge Linhaça 69- Valeriano Luiz da
Silva 70- Zena Maciel 71- Abilio Terra Junior 72- Plínio Sgarbi _
Brasil 73- Ciducha 74- Eda Carneiro da Rocha 75- Joyce Lu@zul 76-
Joe'A 77- Victoria Lucia Aristizabal 78- Diógenes Pereira de Araújo
|

01- Cadê??? Marcos Milhazes***
Onde estará o meu amor? Será que ele
se perdeu Ou será que foi eu que o perdi?
Nossa adolescência São
coisas fortes de nossa vida Ainda nem tinha atingido o topo de meu vigor
físico. Já começava a aparecer às espinhas em meu rosto.
Foi quando
sofri o meu primeiro brilho de olhos femininos. Fiz-me homem da noite para
o dia. Vesti meu terno cinza de risco de giz. Sofri meu primeiro beijo na
boca.
Acalentei-me em minha primeira cama de amor. Hoje já homem
feito depois de tantos caminhos certos ou errantes, olho para traz e não
mais vejo aquela magia elegante e charmosa que me carregava.
Nem uso
mais o lenço perfumado na noitada! Aquele que sempre se solicitava Em fim
de noite, vem aquele açoite Nem mais aquele perfume feminino em minhas
roupas. Acho que até os aromas foram extintos.
Às vezes tento viver o
meu antigo no meu presente. Ser o que fui antes no meu agora. Queria
tanto ter o meu passado de adolescente que o tempo levou de
volta.
Num corpo juvenil do homem de hoje... 
02- Onde andará o meu
amor Eliane Gonçalves***
De um sonho que não existe De um desejo
preso em meu peito Deverás, de um sentimento adormecido Na forma de
heresia... Onde andará o meu sonho De menina recatada Dos beijos
escondidos nas noites enluaradas Das madrugadas perfumadas e
prateadas Onde andará aquele menino de olhos penetrantes Que me
invadia mesmo por instantes Como as marés das enchentes Sumia nas
silenciosas vazantes...
Do que procuro pelas ruas e avenidas Para
acalmar de certo Esse meu coração inquieto, Tal uma mãe no
ninho
Hoje, sem meu juvenil Nas curvas desse corpo da mulher madura
que sou Isso sim, o tempo não passou E nem me roubou
Acreditei,
sonhei, arrisquei Numa vaga esperança levemente contida, Fiquei atrevida
e desejei para esse amor Em toda a sua altivez... Ser uma loba que
amará uma única vez...

03- Onde estará? Tere Penhabe
Aquele
encanto & magia que tanto me acontecia nas noites dos quinze
anos...
Aquele segredo tão grande tão intenso, tão pulsante que
perdeu a forma, a nuance...
Onde estará a minha fé naquele grande
amor que eu não vi passar...
Que foi feito do meu medo hoje a
coragem é tão intensa que esmaga as minhas reticências...
Conta, Deus
meu, que faço agora já quase na hora de ir embora o que fazer, se eu nem
cheguei?!?
Santos, 20.08.2005

04-
Lembranças Rejane Pino
Doces lembranças , onde a magia e o
romantismo embalavam nossas vidas. Primeiro namorado, coração a
disparar, mão gelada de nervoso e ansiedade Festinhas no clube e nas
casas de amigos... Os maravilhosos bailes de debutantes. Quem seria o
nosso par Na hora da valsa? Beatles, The Mamas e The Papas, Roberto
Carlos, Sergio Endrigo Led Zepellin ,Tropicália, Pink Floyd, Rita Lee e
Bossa Nova, Praia, limonada e cachorro quente do Genial missa jovem e
coctail de frutas do amigo Fritz Cuba Libre , Crush, Gim Tônica Meu Deus,
quantas saudades.... Passeios na Lagoa de mãos dadas, promessas e juras de
amor. Reunião com um violão, e todos a cantar nas casas, na escadas e
na pracinha de Ipanema Bar Lagoa, onde se tomava o
melhor chopp. Ah!!!!!! que saudades , como era alegre e mágico aquele
tempo...
Miguel Pereira-RJ 21/08/2005

05- Onde? Graça
Ribeiro
a mulher que sonhei ser os livros que não escrevi sonhos
que deixei de viver?
onde o tempo perdido nas noites de um amor que
deixei fugir num vôo?
Em que curvas do rio perdi meu desejo de
ser esqueci os beijos roubados deixei de olhar o mundo com os olhos da
primeira vez?
Quando foi que deixei de viver? Quando foi que deixei a
vida me levar pra onde o vento ia como folhas em ventania?
Ah! já
sei onde deixei tudo isso:
deixei num canto da vida, bem guardado pra
poder desdobrar quando me me sentisse sozinha e buscasse nas
lembranças minha fiel companhia.

06- Agarre-se a
ela! *Emiele*
Busque correndo a adolescente, a menina, que implora
para voltar ... Se impedir, perderá a chance de fazê-la reviver. Então,
ela há de entristecer... Definhar... Sufocar... E morrer! E ao vê-la
assim, acuada num canto, irá chorar rios de pranto... E não adianta mais
querer alcançá-la. Pedir perdão... Se arrepender. Corra
agora! Agarre-se a ela sem demora! Juntas haverão de construir outra linda
história. E mais madura, terá emocionante enredo... E o melhor, de mais
nada terão sem medo!
Belo Horizonte - 20/08/2005 - 12:42 horas. Em
resposta ao que escreveu Terê, dediquei-lhe este poema.

07-
Lembranças Regina Bertoccelli
Mergulho nos sonhos e resgato momentos
de minha adolescência que muita saudade deixou Meu pensamento busca você
que se perdeu de mim... Onde está você agora? O tempo passou, mas as
lembranças ficaram impressas em meu coração Momentos inesquecíveis de anos
dourados, que o tempo não apagou Saudade do namoro no portão de
casa, dos beijos roubados, dos bailes de formatura, das matinês aos
domingos... Ah, bons tempos que passamos juntos... E sonhando, vou
juntando pedaços de nossa história, do que sobrou de nós, dos doces e
ternos momentos vividos Antes que amanheça e a fugaz visão se
desvaneça...
SP/Capital 20/08/2005

08- Saudades.... Beatriz
por um triz*
Hoje senti saudades.... Não apenas de um momento, mas
de todo um velho tempo que se foi para nunca mais.
Lembranças da
minha infância, dos meus sonhos encantados, dos cabelos cacheados, do
primeiro soutien.
Saudades do meu cachorro, De empinar pipa no
morro, da primeira matinê.
Saudade de jogar queimada, com o Pico e
o Zezé. Saudades do colegio claretiano, de namorar o piano da sala do
tio José.
Saudade do abacateiro, plantado lá no quintal, saudades ,
pai sapateiro, com seu branco avental.
Parece até meio
estranho, este meu pequeno tamanho guardar tanta emoção.
Eu tambem
sinto saudades Daqueles finais de tarde na varanda, à tua
espera.
Quem dera seus olhos verdes pousassem novamente nos
meus. Certamente hoje eu lhe diria, o quanto desejei naquele
dia, receber um beijo seu.
A alma saudosa padece, o coração
emudecido, pelos momentos vividos que não voltarão jamais.
Mas
recordar é uma prece e quanto a agradecer pelos momentos que Deus me
permitiu viver

09- Cadê... Giuseppe Martinelli
Cadê minha
vontade de recomeçar daquele amor apaixonante que senti naquele
tempo.
Cadê a juventude pra recomeçar aquela aventura tão
sonhada de paixão adolescente.
Cadê minha promessa que um dia
fiz de esquecer-te para sempre por ter me abandonado.
Cadê meu
desespero que senti naquele dia, quando eu jurei que não mais te queria e
hoje calmamente estou pedindo a tua volta.
Cadê o meu orgulho que um dia
foi ferido? Na dor da ferida re-nasceu aquele amor que um dia na
adolescência. loucamente eu sentia...
Guarapuava,
20/08/2005 giumarti@brturbo.com.br

10- Onde Estás? Machado de
Carlos
Está oculto o teu riso cristalino, A morada dos deuses é tua
casa; A voz límpida... Que de ti extravasa Serve para acalmar este pobre
menino.
Choro!... Esta emoção me arrasa Não te esqueço... Não me
domino... Quem sabe? A força do destino!... Meu coração queima como uma
brasa!
Dizei-me, como conquistar minha querida, Minha alma gêmea,
minha vida? -- Tu és mais um entre os mortais.
Dos sonhos ficam apenas
lembranças, Quem sabe, um dia posso ter esperança? -- Somente ilusões e
nada
mais!...
http://ilove.terra.com.br/autores/TEXTO.ASP?idpi=202

11-
Cadê eu?? Maria Isabel Galveias
Cadê minha juventude que se
perdeu pela vida? Cadê, meus olhos de esmeralda que tanta gente cobiçou
e elogiou, cadê aquela cinturinha delgada como jeitosa Cadê meus longos
cabelos de ouro soltos ao vento, entre pinhais da minha infância Cadê,
a alegria, a voz cristalina que cantava todo dia igual á cotovia Cadê meus
seios, pequenos turgidos como se fossem duas laranjas Cadê meus filhos,
que se afastaram Cadê meus netinhos, que pouco vejo Cadê meus
bisnetos, De quem, por ser velha não posso cuidar, Cadê, o amor, que
fujiu, Cadê meus sonhos de mulher, menina, moça, Cadê eu,
cadê?
20/08/2005

12- Hoje, Nunca Mais! José Geraldo Martinez
Quisera voltar aos caminhos por onde meus pés pisaram inocentes
...
Onde os riachos seriam tortuosos e as areias dormiam quentes
!
Onde os eucalíptos perfumados dançavam , as flores nas encostas
cintilavam ...
Um pedaço do céu na terra dado por Deus a nossa
infância, na pureza que a vida encerra , por um tempo de bonança
!
Andaria por entre os pomares, onde pendiam as frutas maduras
... Na estrada onde silente dormia a lua .
Não cortaria a estrada
para chegar ao futuro ... Não teria pressa de fazer dezoito anos , de
brincar nos quintais sem muros , de partir meu bolo de quinze anos , de
despedir-me dos pais .
Esquecia-me desse tempo que corria !
Hoje,nunca mais!
Nossa infância é um pedaço do céu ... Riso fácil
, alegrias presentes ! Correm meus filhos por ela , com o coração cheio
de vida . Quisera voltar ... não posso . Posso apenas sonhar
.
Voltar aos caminhos por onde meus pés pisaram inocentes
!
maestromartinez@uol.com.br www.josegeraldomartinez.hpg.ig.com.br

13-
Um Tempo Passado... Lauro Kisielewicz
Com maestria teces teus versos,
ao ponto de, lendo-os sentirmo-nos mergulhados nas alegrias do
passado... às vezes, nem tão distante... mas
certamente definitivamente, um tempo passado... Passou! Passaram-se
os anos e não nos demos conta, hoje, só recordamos e sentimos que
fomos muito felizes, sem saber nem perceber e mergulhados em
lembranças das brincadeiras de criança, silenciosamente nos
perguntamos "por que queríamos tanto crescer?' Se soubéssemos como
seria, nenhum de nós jamais cresceria e certamente sempre seria a
criança pura e feliz, tal qual Deus nos criou e Cristo tanto
dignificou... e nelas exemplificou como todos devemos
ser...
20/ago/2005

14- Nostalgia... Regina Sant'Anna
Um
dia...Ah,um dia... Lembro de sorrisos ao sol, de ver as estrelas ainda
brilharem no céu e a vida talvez não fosse um doce mel, mas a esperança
era um brilhante farol.
Um dia, as pessoas sonhavam e amavam, corriam
e brincavam em arborizados parques, onde pássaros faziam seus ninhos e
cantavam com maestria doce e divina melodias suaves.
Um dia, namorados
iam de mãos dadas entre carinhos, entre beijos calorosos, imaginando se
veriam as rugas marcadas, compartilhadas por seus corpos já idosos.
Um dia... Ah, um dia...Também sonhei e amei. Ou será que tudo
imaginei? Onde está a vida e suas alegrias? Foram extintas na correria dos
nossos dias?
Um dia... Um dia fomos chama acesa, No outro, seremos,
talvez, solitária nostalgia do que vivemos, do que deixamos na
incerteza, no medo de viver a menor fantasia.

15- Era Um
Tempo Mário Osny Rosa Fagulhas de uma imagem Até parece
bobagem Quando lembro a juventude. Com toda sua plenitude Num
mundo de inquietude No domingo as domingueiras. Daquelas tardes
fagueiras Com as moças namoradeiras Na rua ia desfilar. Prometia
que ia amar Logo iria noivar Em pouco tempo casar. São José, 20 de
agosto de 2.005. morja@intergate.com.br

16-
Nostalgia Lu_guerreira
Pessoas passam por mim, sentada aqui estou e
me sinto só... Nessa nostalgia,nesta saudade que me dói a alma, ninguém
para falar ao menos olá...como vai... e perto de mim ficar...
Me sinto
isolada, me sinto triste querendo um abraço, querendo um ombro para deitar
e simplesmente ficar, ficar calada e deixar essa nostalgia ir embora e
não mais voltar...
Preciso de alguém para me mostrar o caminho, onde
devo ir... mas sozinha como estou não sei aonde vou não quero mais viver
assim, não quero mais viver nessa nostalgia... Por favor venha e me faça
companhia!
Venha e me tire dessa solidão! Venha antes que seja tarde
demais.... Venha!

17- Lembranças Nelim Monti
Aos poucos
diluem na luz Sombras amadas da beleza Hoje frias e
distantes...
Lembranças de momentos antigos Paixões que
foram... Hoje...dóceis amigas Na eterna luz de sois
glorificados
Lembranças de um tempo... Hoje...tristezas que vão
embora No poente da saudade Ondulantes, em formas De traços
indefinidos, vagos traços Do teu perfil tímido, incerto Perdido, errante,
pelo céu Que fita do alto As almas o tormento vivo.
Cajuru, 11 de
agosto de 2005

18- Nosso Amor! Arneyde T. Marcheschi
Sabe
tivemos muitos momentos lindos momentos de muita paz...muita
calma momentos só nossos...meu e seu. Nosso mundo um mundo
mágico fantastico...mundo de sonhos reais onde a melodia que tocava era so
o amor muita quietude ...muita paz. As vezes ficavamos horas em
silencio só nos olhando...sem nada dizer... Nossos olhos falavam por nos,
e nossos corações tudo entendiam. Quando o silêncio era quebrado
pelo barulho das ondas que quebravam na praia muitas vezes ate nos
assustávamos Vivíamos de uma maneira tão intensa que qualquer coisa
estranha que aparecia nos amedrontava...nos enfraquecia. Nosso refugio era
a beira- mar sentados de mãos dadas,comtemplávamos as estrelas...a lua...e
você conseguia ver tudo através de meus olhos. Era você quem me descrevia
a beleza da vida, mesmo vivendo na escuridão... voce a sentia...a
abssorvia melhor do que eu. Sentados ali, sonhavamos com nossos filhos
crescendo, faziamos planos... pensavamos ate em netos! Mas de repente
nossa tranquilidade foi quebrada por uma forte tempestade. Veio a bendita
doença, e nossos projetos se perderam em meio as nossas lágrimas aos
nossos medos...de nos separarmos de ficarmos um sem o outro...medo de não
saber viver... de não saber respirar... Nossos organismos eram tão
iguais... que eu ate sentia as mesmas dores que você. Mas nosso amor, não
era bastante forte para podermos lutar contra a sombra da morte,que
teimava em chegar, e te levar com ela...me deixando sózinha,desampa rada,
pois sem você eu não era nada. Voce partiu num sabado ás 18.00hrs... na
hora dos Anjos, seu rosto lindo se transformou num
amarelo...frio...mas não perdeu a sua beleza. Fiquei aqui ainda por mais 7
anos sem você...mas ja não tinha mais a alegria de viver...tudo perdera a
cor..o calor..o sentido Mas meu coração foi enfraquecendo... perdi as
forças...a coragem de lutar e no meio da noite, silenciosamente
você apareceu, estava lindo! Uma luz dourada o encobria,e você
sorria pegou-me pela mão docemente e minha alma deixou meu corpo inerte e
te acompanhou serena...e finalmente meu amor estávamos de novo juntos, e
felizes... embora sabendo que a saudade da nossa querida filha e netos,
seriam grandes.. atrozes...mas saberíamos enfrentar todas as amarguras,
porque estavamos de novo juntos, e nos transformamos em num só, como
sempre foi a nossa vida. Finalmente nos reencontramos e agora nesse novo
plano em que vivemos...reencontramos a nossa serenidade...nossa
paz.
Poema feito em homenagem a meus pais, que hoje estariam
comemorando 57 anos de uma feliz união... de um amor verdadeiro...
puro... e real.
Vitoria. E.Santo
10/07/2005 www.vidatransparente.com.br

19- Canto
Triste Zuleika
Olha!Estou aquí na solidão de sempre... Trago comigo
um coração doente... Tudo mudou...foi num repente... A vida ingrata me
deixou carente...
Vejo o mundo, no tempo que passa, no afago tôsco do
roçar do vento... Tudo sinto...nada mais tem graça, sonhos giram num
compasso lento...
Que viver é este? A pergunta escapole... Salta como
um rio em cachoeiras... Grandes valas...tudo engole...
Vida
acabou...foi-se a brincadeira... A bruma mansa que me envolve, num sorriso
se fez verdadeira...
JF/agosto/2005

20- Lembranças... Maurício
Santanelli
Você deixou...
Impregnado na minha pele o seu
inebriante cheiro Impregnado no céu da boca o seu indescritível sabor Doei
meu coração, a vocêeu me entreguei de corpo inteiro Com você eu vivenciei a
minha mais bonita história de amor
Você deixou ...
Impregnada na
minha mente a lembrança da tua imagem A todo momento ouço sua voz penetrando
em meus ouvidos Com você eu realizei a minha mais bela e delirante
viagem O seu amor aguçou, banhou e saciou todos os meus cinco
sentidos
Você deixou...
Essa saudade intensa que fica doendo no
meu peito Esse vontade imensa de tê-la comigo a todo momento Procuro não
lembrar, mas não consigo... é, não tem jeito Você se apoderou completamente
de todo o meu pensamento
Você deixou...
Esse desejo insano de sair
gritando para todo o mundo escutar Que com a sua ausência eu já nem mesmo sei
mais, quem eu sou Em vão busco, desesperadamente, uma fórmula mágica
encontrar Que me ensine o que eu devo fazer com tudo isso que você
deixou!

21- Fragilidade Maria Thereza Neves
fragilidade das
saudades complexas que tudo fogem das mãos se perdem em momentos
enfraquecidos embrutecidos, aborrecidos de amores e desamores
driblando sempre dores e a lucidez que não se faz no tempo nos
versos de uma canção nem nas plumas do oscilar dos ventos ou quietude da
memória-entranhas que tudo aprisiona nada recusa à sensível alma que
aperta e esmaga guarda no peito toda a grandeza do espaço em todos os
ritmos e compassos dos saudosos passos ...
JF/MG- 18/06/2004-15h57

22- O Tempo Que Não Sou. Marisa Francisco Não... Não recordo
o passado com impotência! Vivi cada minuto minha essência...
Busquei! Todos os sonhos, todos os amores, todos os lugares, os
dissabores, cada coisa, todas... Vivi em cada música, a dança de cada
uma, a despedida de todas elas que deixaram em minha existência o doce
sabor... Recordo-me com carinho e amor... Mas hoje...Quem
sou? marisafrancisco@terra.com.br

23- Nostalgia Maria Augusta
Christo de Gouvêa Fragmentos de sonhos roubados das horas no tempo
sem medida. Tempo de viagens destino sem rota onde se canta a
canção sem final. Cantar soluços chorar esperas na melodia
trágica de amores sem medida. Fragmentos de vida dançam no
caleidoscópio no brincar de viver em nostalgia eterna.

24- Beijo
de Adeus... Thereza Mattos
Quando a brisa acariciar teu rosto e
sentires o carinho do sol a te iluminar lembra-te de mim que nunca deixei
de te amar mesmo sabendo que este amor terá um fim quando um dia por
outra, irás me deixar... Quando alguém de mim falar deixe que falem, mal
ou bem mas que lembrem tua memória o importante é que falem de
alguém que um dia fez parte de tua história....
E se de todo não
lembrares de mim se me apagares de tua mente, sem recordações sendo eu
apenas mais uma em tua vida quando nosso caso tiver esse triste fim sem
mais amor, sem paixão ou emoções quero que sintas em tua boca a marca que
te queima nesta hora cicatriz dessa paixão tão louca desse beijo que te
dou agora...
http://planeta.terra.com.br/arte/magiaepoesia

25-
Álbum de Fotografias Sueli do Espirito Santo
Rever antigas
fotografias como evitar a nostalgia? muitas faces, algumas
sorridentes outras, com um ar descontente
a mente lembra esses
momentos e vem a tona velhos sentimentos saudades daqueles que
partiram alegria pelas crianças que fluíram
na memória flashes como
magia trazendo uma certa melancolia tudo no retrato só passado alegre
ou triste, registrado
hoje, apenas fragmentos a preencheram os
pensamentos aparentemente no tempo perdidos mas nunca foram
esquecidos
gestos, expressões, imóveis no retrato meu sonho, narrar
tais fatos com nostalgia no coração uma história para a nova
geração...
http://www.sue2001.recantodasletras.com.br

26- É Hoje,
ou Nunca Mais Bernardino Matos
Se eu pudesse no tempo interferir, e
não somente repassar, reviver, mas num dado instante , reassumir, o
passado e com ele voltar a conviver.
Certamente, caminhando para o
roçado, eu me veria, indo cedinho pastorar, para evitar que um bando
alvoroçado, de passarinhos tentasse o arroz dizimar.
Aquele era o
meu momento, livre corria, eu recolhia o orvalho no côncavo da mão sentia
o cheiro ameno da pradaria, o silêncio, o sol, o calor, feliz
sensação.
Eu percebia cada detalhe da natureza , descalço, eu
percorria longas distâncias, minha mente não divagava, tinha certeza tudo
aquilo eram apenas circunstâncias.
Eu não questionava nada, mas
percebia, que aquele meu espaço era pequeno, não abrigava minha
expectativa, eu via, em minha vida seria apenas um aceno.
Eu vivia
feliz ouvindo o canto do sabiá, eu ficava fascinado com o vôo da juriti, o
bem-te-vi vinha sempre me alertar, o canário cantava a esperança, o
porvir.
Me enternecia ver o João de Barro voar, para trazer todo o
material necessário, para sua casinha construir e nela morar, e eu
imaginava qual seria meu itinerário.
De repente naquele vôo
desajeitado, o anum me chamava a atenção, será que faria aquele esforço
danado, para procurar um abrigo, uma solução?
Eu percorria aquela
paisagem agressiva, do mandacaru eu evitava os espinhos, a sombra do
juazeiro, era minha guarida, não existiam traçados, nem caminhos.
A
rota era a gente que escolhia, atrás de cada moita, uma surpresa, e toda a
plantação eu percorria, embora descalço eu pisava na incerteza.
Eu não
ficava ansioso,só perguntava, como será meu amanhã, meu futuro, parecia
distante, mas eu imaginava, haveria uma saída daquele escuro.
Jogando
bola, empinando pipa, caçando pássaros, pescando, nadando no rio, eu vivi,
sonhei, fui amadurecendo, fui forjado na luta, no suor, no
desafio.
Mas jamais atropelei a vida, somente pulei obstáculos e
sempre fui buscar na infância a coragem, a força da mente foi lá que
aprendi a sobreviver, a lutar.
Recordando, são tantas as
lembranças, revivo amores, alegrias, dores, meus ais, sinto imensa saudade
dessas andanças, mas sofro, se ouço,hoje, nunca mais.
Um aconchego
carinhoso, minha família, pequena, sofrida, unida, meus canais, meu
refúgio, por ela estou sempre de vigília, mas sofro, se ouço, hoje, nunca
mais.
Ao levar minhas filhas para a faculdade, lembro-me das
caminhadas vitais, a pé, no sol a pino,quanta dificuldade, mas sofro, se
ouço, hoje, nunca mais.
Estou feliz com o que conquistei, foi o
suficiente, não esperava jamais, até a alegria foi racionada, eu sei, mas
sofro, se ouço, hoje, nunca mais.
Agora cercado de amigos,
concluo, tudo valeu, meus espaços, meus locais, meus sonhos, nesse
universo me incluo, mas sofro, se ouço, hoje, nunca mais.
Quando me
despedir de tudo isto, levando tantas lembranças, quais elos que ainda me
prenderão, persisto, mas sofro, se ouço, hoje, nunca mais.
Fortaleza,
26 de agosto de 2005.

27- Nostalgia Estela Belém
Quando me
quedo quieta sem nada fazer, nada dizer, aparece aquele
sentimento, como asa voando no vento, nostalgia, penso...
Sensação
de distância, de querer voltar a viver, coisas que foram e não
são, partículas e peças de puzzle armazenados em saguão...
Pequenos
nadas guardados, amarelados, desvanecidos, que um tempo fez
apagar, como escrita na areia do mar, para sempre, lentamente...
Há
um dia e uma hora, em que cada um de nós, limpa e arruma o sótão, onde
guardamos os sonhos, nossos fantasmas nostálgicos...
27/2/2005

28- Nostalgia Maria da Fonseca
Saudade de um
passado que existiu Guardado p'r uma fada caprichosa, Cabelos loiros, face
radiosa, Que através dos séculos se sumiu.
Não crêem os sábios que
exististe. Julgam quimera ou talvez fantasia, O místico perfume da
poesia Que envolve os lugares donde partiste.
Quem sabe se num castelo
encantada, És vitima indefesa do progresso. Tu, gentil e misteriosa
fada,
Talvez ainda 'speres, resignada, O perdão de irrisório
congresso, Que te dê a liberdade
aspirada.
http://geocities.yahoo.com.br/mariadafonseca2004

29-
Onde Está Você? faffi /Silvia Giovatto
Por onde andará o meu
passado, com as recordações de momentos felizes, de momentos
ousados... Onde está você? Menino de olhos negros e coração alado. A
saudade que sinto faz doer meu coração que ainda hoje te espera, na ânsia de
reviver as mesmas quimeras do passado. Te procuro em cada rosto que por
mim passa Em cada coração que junto ao meu palpita Em cada brisa leve que
meu rosto afaga Em cada mão que a minha ampara E nostálgico! mas,
ainda carrego o seu retrato Não encontro em ninguém um pouco de
você. Não encontro em nada um fio do meu
passado.
26/08/05

30- Esperança João Carlos
(Rother) Dias passados, são lembranças. Diante do porvir de uma
vida Talvez sejam grandes heranças, Que se vão sem uma
despedida. Em súplicas de rígidos apelos, No andar perdido na
andança, Com a vida sempre em duelos Escondo-me da morte em
segurança, Buscando o amor e a confiança Na fé no otimismo do
futuro. Erros e acertos estão na balança. Acreditando sempre na
mudança, Meus defeitos e medos enclausuro, Para procurar Nele a
esperança. www.poetarebelde.com

31- Saudades do que
ficou Vyrena
Inda tenho na lembrança nossos encontros
fortuitos.... nossos loucos abraços... nossos beijos molhados!
O
pouco tempo que tínhamos... os minutos contados! As carícias ousadas...
o amor louco que sentíamos... deixando-nos alucinados!
As horas
sofridas... o anseio do reencontro... o desejo que denunciava nos olhares
apaixonados... nos dedos entrelaçados... apertados!
A volúpia da total
entrega... o tremor de nossos corpos antecipando o prazer de dar e
receber!
As horas de loucura... de amor... de ternura... de encanto e
de glória!
Aqueles instantes roubados... tão distantes... no
passado... tão presentes na memória...

32- Lembranças
Nostálgicas Natália Vale Na imagem da minha fantasia, Naquela
estrela luzidia, Que em mim se reflectia, A tua figura eu revia. E com
ela me invadia, A mais pura Nostalgia, Daquela que fui um dia, Quando
em teus braços me perdia. Nostalgia de tempos passados, Sempre
eternos enamorados, Momentos lindos e amados, Que ambos
compartilhámos, Sonhando sempre abraçados, No futuro que de longe
olhávamos, Feliz como nós o imaginávamos. Lembranças nostálgicas que
me invadem. Momentos importantes não se esquecem! Eles são as teias que na
vida tecem Os caminhos que nossa vida percorrem, Tortuosos ou melhor
edificados. seguem Segundo o carinho que todos depositem E o futuro sobre
ele o edifiquem. Lembranças nostálgicas
.imaginem!!! Portugal_27/08/2005

33- Nós Em Tal Orgia João de
Abreu Borges
Lembro...
(lembrar é um verbo que exige um
complemento, e o que faço com este momento; se lembro apenas de um
verbo, um momento que é mais advérbio e só deixa rastros no resto da
oração que faz de minha simples canção um grito, ao mesmo tempo ébrio e
sóbrio, de quem deixou o substantivo coração adjetivar-se em intenções
nobres mas adverbiar-se em tensões pobres de quem segue um rumo que
sabe ao mesmo tempo voz ao mesmo tempo só
razão)
Lembro... http://planeta.terra.com.br/arte/cancaodoser

34-
Seu Encanto Andreia Cristina Guadagnin
Pela ânsia do meu ser
Eufórico e caloroso Demente a penar Transpor em ti pelo rosto
Lágrimas pelo pesar Seque tais finas gotas Para que o coração
Não se cansa De choros que em si possa sufocar Deixa-me então partir
Sem dor pela ausência Que se desfaça o costume De viver com tua
essência Deixa-me. Deixa-me partir. Encontrar pelos caminhos os sentidos
Que em mim não param de afligir Descobrir pelo mundo estímulos Que
aqui já não encontro mais Deixa-me. Deixa-me dar meus passos Mesmo que
entre as pedras encontre o fracasso Quero sentir a beleza que se eleva
Encontrar no ar as folhas secas de outono, Descobrir a beleza das flores
na primavera Deixa-me deixa-me partir Levar comigo somente seu encanto
Enquanto o pranto Se finda... Avivando o amor ausente Com
lembranças bonitas Sem tristezas dramáticas Pela despedida
Junho/2005

35- Momentos. Alfonsina Pais Tus
recuerdos me visitan en el gris de la tarde que amerita dejar volar mis
pensamientos vagando por aquellos momentos, que no son ayer y quizás
vuelvan mañana, más ahora siento ganas y tú no estas
acá. Nostalgia de tenerte cerquita de mi cuerpo, disfrutar de lo
que siento como ahora gozo al evocarte, deleitándome con esta
historia que guarda cada instante, como gran tesoro mi memoria, y
encuentras en el brillo de mi mirada, cuando las saudades se
guardan dándole paso a la ocasión que es un deleite entre vos y
yo.

36- Amor na Infância Tarcísio Ribeiro Costa Eu gostaria
de voltar à infância, Dos meus doze anos, Já cheio de
paixão... Qualquer papel, até na capa do livro, Tinha o desenho de um
coração... Brotavam os meus primeiros sonhos, Ferindo a minha
ingenuidade... Quantas vezes, estudando, Fechava o livro, cheio de
saudade... E colocava no papel figuras Que refletiam a minha
paixão. Meus sonhos eram lindos... A emoção criava minha
fantasia... Vivia de douradas ilusões... Restou comigo, apenas, A
tristeza... A nostalgia Nunca esqueci os meus amores, Por
circunstâncias, os abandonei, Mas, continuam indeléveis, Dentro do meu
coração. Naquela idade, gostava de passear, Já piscava para as
meninas... Isso era um sintoma De quem queria amar. Lembro-me do
passado... Sinto dor... Revejo minha vida de desilusões. Sinto saudades...
Quase tudo se perdeu Nessa vida em que o amor É cheio de
contradições... Perdeu-se no tempo a minha fantasia... Resistiu, em
mim, incólume, Mas, mergulhada em nostalgia, As saudades do meu primeiro
amor.

37- Aquele Dia Azul Ilona Bastos Como é
possível que no chilrear de um pássaro além janela busque ainda essa
paz jamais esquecida de um dia azul de Agosto dos meus quinze
anos? Como é possível procurar ainda um passado que estranho devia
considerar por haver abandonado, há muito os sonhos da
adolescência? Sou mulher Que peça tão bem montada! Como criança
que brinca ao faz de conta com candura e aplicação desempenho o papel
que me coube em divino sorteio para récita de hora marcada! Mas
sou tal? Não sou ainda a menina de faces coradas que ao vento corre
feliz? Não sou ainda a eterna e jovem sonhadora que espera, que sonha
e confia? Silêncio! Escuto sons distantes atenta a longínquos
cantares avisto o muro branco de floridas trepadeiras onde os pássaros
gorjeiam e sinto a paz jamais esquecida desse dia azul de
Agosto dos meus quinze anos.
http://geocities.yahoo.com.br/ibbaptista

38- Sonhando
Azul Renate Emanuele
Na primavera o jardim era o cenário para
alegria As flores coloridas abrigavam as doçuras do mel Belas borboletas
giravam como em um carrossel O perfume que irradiava aumentava essa
magia Na praça carrinhos de pipocas e algodão doce O coreto
enfeitado com sua banda uniformizada A valsa acompanhava bilhetinhos da
rapaziada Meninas casadoiras se agitavam fazendo pose Esperança de
felicidade nos rostinhos risonhos O dia sempre lindo, céu azul cheio de
esplendor O sol brilhava tudo e alimentava com seu calor O periquito da
sorte tirava esperanças e sonhos A juventude acordava a sensualidade da
estação As promessas de alegrias nos carinhos trocados Namorados em
brincadeiras dos beijos roubados Lembranças saudosas que encantam o
coração
atelierbaron@uol.com.br São Paulo - Brasil

39-
Nostalgia Margaret Pelicano
Nossas almas estão entre mim e
ti! Nossos corpos querem ser saciados, mas nossas almas
rejeitam-se! Minha boca queima, sente sede, ansia pela tua... porém, minha
alma vai à frente e diz para você não vir a mim. Suas mãos me
buscam, seu braço se estira, tenta me alcançar, nossas almas ficam entre
nós, e, você, não consegue me agarrar.
Somos dois náufragos, buscando uma
tábua de salvação, querendo agarrar o outro para nunca mais soltar mas
tudo é vão, não consigo te segurar.
Quando a noite cai, minha alma viaja
pelas galáxias E nossos corpos, enfim tentam se conectar se buscam mas...
quando acordamos... estamos em outros braços: saciados tristes e
sós...
e vivemos só nas lembranças de nosso amor passado...
Almas
inimigas deviam ser as nossas! Ou pagamos algum pecado? O que
fizemos? Porque estamos separados?
Brasília - 12/04/2003

40-
Visão do Amor Vilma Oliveira
Lembra quando nos vimos? Ao mesmo
temp sentimos Incontrolável paixão... De início ocultamos No olhar
silenciamos Dentro de nós a implosão!
Lentamente nós sonhávamos Se
longe ainda estávamos Bem perto queríamos ficar! Juntos no mesmo
passo Caminhar, sentir o abraço, Poder enfim nos amar!
O sonho se
fez verdade Nosso amor realidade Conjecturas da vida... Valeu a pena
esperar Todos os dias te amar És tudo que consolida!
Meus dias se
fez festas As noites numa seresta Tudo era cor, música, luz! Quase nada
eu explicava Quase tudo eu delirava Nos poemas que compus!
Juramos
amor eterno Infindo clamor fraterno Enquanto existisse a
chama Queimando dentro de nós Antes, durante, após... Pra sempre,
quando se ama!
Hoje, busco tua ausência, Pungente, tanta
carência, Adormecida ilusão! Procuro-te por toda parte Em vão te
abrace, me farte, Tu és tão somente A VISÃO!

41- Tu e eu
nostalgia Armando Sousa
Meu pensar de um passado alegre e
fugaz Enche meu ser de tristeza a caminho de nostalgias Me lembro das
brincadeiras de tempo de rapaz Descarto minha mente a escrever minhas
poesias Que podes tu nostalgia contra a poesia que amo? Que podes tu
contra a cor da primavera? Que podes tu contra a hora o dia ou do ano? Que
podes tu contra os dias há minha espera... Nostalgia sei que tu vil
coisas podes fazer Ver a fome, e deixar tantos inocentes morrer Virares
contra noz os canhões das religiões Fazer com o câncer ver tantos
padecer Despedaçar com nostalgia tantos corações Nostalgia achas que
esta certo esse teu poder? Mas afinal isso e pouco, não e nada Todos temos
de ir, ninguém fica a padecer Nesta vida despravada e
achocalhada Fazes pouco, ninguém fica, todos temos de
morrer Nostalgia eu adoro a mãe natureza Ela sim, me dá tudo, mesmo a
pobreza Ela me dá o universo e sua riqueza Ela me dá o amor A água o ar
os alimentos E a cor de toda a flor. Tu fazes pouco
dás armando.sousa@sympatico.ca

42- Nostalgia gina
Trago ainda na lembrança forte e muito viva o cheiro da minha
terra os sons da língua nativa a cor azul do meu céu! Ficou tudo tão
distante que temo morrer um dia dessa dor tão penetrante dessa imensa
nostalgia que invade meu coração
Ah Terra amada que me viu
nascer! Presente nos meus prazeres berço que me embalou testemunhou meu
crescer! Não me condenes assim ao degredo tão sofrido ah... não me
deixes morrer!
Quero voltar aos teus braços mergulhar nas tuas
águas sentir do sol teu calor e sob tua bandeira ainda que só um dia
cantar hinos de louvor! 28 de agosto de 2005 Rio de
Janeiro

43- Nostalgicamente! Uma Lembrança... Maria
Anjinha
Que saudades que tenho. Dos tempos que não voltam mais, dos
nossos programas de sábado, rock and roll, baladas e boleros, para
dançar agarradinho com nosso amor.
Nossas tardes
nostálgicas, curtindo Jovem Guarda, acompanhados dos velhos amigos de
outrora.
Ai, que saudade que me dá, de rever os velhos tempos,
com nossos amores perdidos, que hoje está em nossa imaginação, que
jamais irá voltar!
Araruama

44- Nostálgica. Laura B.
Martins Na madrugada acordo, inda faz frio, sentindo-me nostálgica,
de novo. Chilreiam passarinhos. Há um pio mais estridente. Irritada,
desaprovo. Ao longe, ladra um cão que me incomoda. Sopra um gato
assanhado, num quintal. Os pensamentos acorrem, sempre à roda da mesma
problemática central. Se fico nesta morna relação, o risco é grande,
de me conformar. Se avanço, à frente vem a indecisão de temerária
ser, e de falhar. No fundo, a nostalgia, é uma questão dos amores antigos
relembrar.
28/08/2005 Soc. Port. Autores n.º
20958 http://laurabmartins.blogs.sapo.pt

45-
Lembranças Marcial Salaverry Evocações
nostálgicas... Lembranças de um lindo momento, gratificante,
gostoso... De um momento de carinho, de um amor, talvez
pecaminoso, que marcou nosso caminho... Foram momentos vividos com
intenso prazer, dando vontade de morrer, pelos prazeres
sentidos... Lembranças nostálgicas que ficaram... Gestos que
marcaram, lembrados depois da partida, recordados por toda a
vida... Vive-se dessas lembranças... Doces recordações... Talvez nunca
mais repetidas. Valeram serem vividas... Alguma coisa para
lembrar, algo a que se apegar, quando a saudade apertar.... Nostálgicas
evocações...

46- E Agora! MaséFrota
Viajando e te guardando
aqui... dentro de minh´alma,acarinhando amores e paixões. Cada
instante que passa olhando os caminhos desta estrada, te vejo passando por
mim,em sentidos opostos.
Nada precisas dizer... nada mesmo,
pois teu olhar revela, que na próxima curva, virás de volta ao meu
encontro, se nossa saudade tem a mesma dimensão, ao padecermos por
igual esta separação.
Descobrimos que nossos beijos, sabem acolher com
muito ardor, esta paixão desde há muito...até porque... jamais poderiam
ficar só em desejos distantes. Em sôpros ao passares por mim
receba meus envios de afagos... que irão em tua direção levando
sonhos reais vividos endereçados ao Homem da minha vida!
Espero
que... ao te encontrar,recorde os momentos dos instantes que... para nós
, ficaram tatuados com tanto amor em nossa mente gravadas em solfejos as
nossas canções, como se estivéssemos em Ópera Viva do nosso Festival do
Amor.
Rio de Janeiro_RJ Brasil

47- Deixa-me nesta
Nostalgia Naidaterra
Sentei-me no chão coberto de folhas que
outroram caíram das árvores e o Sol no seu despertar e acordar
absorveu o verde deixando-as numa tonalidades opacas, secas e frágeis
a mercê dos ventos e de outros caminhos. Senti-me como elas, arrancada
da vida, do carinho, dos beijos, dos sonhos planejados arrebatados
sem tempo de vive-los. Deixei-me levar pela brisa suave do momento e parti
em busca do passado, dos dias, das noites, dos sorrisos... Daquele tipo
de olhar, quando queria amar e tantos outros, que só nós dois
entendiamos. Pedi para o tempo parar... deixa-me nesta nostalgia que é
carinho para meu coração e alimento para eu continuar. Pedi para o tempo
parar... deixa-me nesta nostalgia há tanto ainda
para relembrar.
29/08/2005

48- O Velho Carrilhão Nancy
Pimentel
Escuto o pêndulo oscilante E o interminável tic-tac Do
velho relógio de parede , Lembrança de meu avô paterno.
Seu badalar
noturno Me traz doces lembranças Recordando sonhos,fantasias, De um
tempo feliz, criança...
Gosto de tê-lo em meu lar. Me faz sentir
presenças tão queridas Momentos plenos de amor, De uma família tão
unida.
Ele é o simbolo, a marca, Que atravessando o tempo, Continua
firme, em sua missão, Marcando as horas, Dos que vivos ainda
estão...
29/08/2005

49- Outono da Vida Roseli
Busmair
Bate a saudade, agitando meu coração. Que estranho é o
sentimento de revisar o passado !
Retornam sensações, bailam em
ansiedade no fundo da minh'alma, plena de emoção.
É um vai e vem
sem fim, bailando mil lembranças, no infinito de mim ! Ora é só
tristeza, ora só alegria, latejando ao crepúsculo frio de mais um
Outono...
Esconde-se a Lua no céu coberto por espessas
nuvens. Escondem-se as estrelas. A noite é silente e fria e, se torna
ainda mais escura.
Ouço apenas o marulhar constante do oceano que
se reflete na imensidão do meu Eu interior.
Ao largo, tudo se
transforma: quais fantasmas, fluorescentes por entre o vácuo, por
entre as árvores eu avisto apenas minha solidão outonal, qual
nostalgica escudeira, eterna e fiel companheira dos meus dias de tristeza.
Ctba_PR_Ago/2002*ISBN www.saladepoetas.eti.br

50- Inverno no
Coração Simone Borba Pinheiro
De repente... pouco a pouco,
lentamente... escureceu, anoiteceu, e do riso, fez-se o pranto, e a
ilusão, perdeu o encanto.
De repente, pouco a pouco da alegria fez-se
a tristeza, e a dor alucinante, partiu o coração sofrido, que se perdeu
na escuridão.
De repente, pouco a pouco, o colorido fugiu do
olhar, o perfume se perdeu no ar, tudo ficou sem emoção... é inverno no
meu coração!...
21/10/2002 www.geocities.com/familia_borba_pinheiro

51-
Ah! Fica por Aqui! Mercedes Paiva
"-Já vai embora mesmo, meu
amor?" "-Então, boa noite!..." Mas a ternura em nós reacende e quer
extravasar! Trocamos novos abraços, novos beijos perdemo-nos em nossos
braços!... E, você diz: "-Não consigo te deixar!" E, me
pergunta: "-Como foi mesmo que ontem eu fiz e consegui me
despedir?" Respondo: "-Como consegui deixar você ir?"
Sempre é cedo
demais, para sair dos teus braços, porque a saudade fica em seu
lugar e tira toda graça de viver... Fica aqui grande vazio e o
entusiasmo se transforma em fastio... o tempo demora a passar!.. "-Ah! Só
quero estar com você!
E, cada dia temos que reaprender eu a ficar,
você a partir. Mas chega a hora, a saudade começa... "_Ah, nós não temos
pressa! Fica por aqui?!

52- Nostalgia ao alto! Azoriana
Não
conseguir dobrar a esquina do futuro Ou no presente lembrar um passado,
acabado?! Saber que há curvas com horizonte descoberto?! Talvez se a
estrada que cada dia-a-dia se percorre, A passos largos e num tom
apressado Libertasse estas asas da saudade e se Ganhassem forças para novo
voo... Imaginem... Será que acabava alguma agonia?! A quem pergunto esta
nostalgia?
http://silvarosamaria.blogs.sapo.pt

53-
Recordações Tânia Ailene
Quando você vive uma infância feliz, uma
adolescência que te enche de saudades, e, não tem a dimensão que a juventude
não é duradoura... Chega-se à maturidade com uma lembrança forte, e
humildade para reconhecer a dor que sentimos, do tempo vivido com tanta
pressa. No desejo de amar e viver plenamente, de só querer iluminar a
vida. Deixamos de olhar a beleza que passa por nós, com a velocidade de um
tufão. Agora vejo que a pressa nos faz perder a melhor parte, a
irreverência que hoje já não posso ter. Vivemos querendo superar,
alcançar, para satisfazer um futuro, que nem sabemos se vamos estar
lá. Quero não ter nostalgia, em contar ou lembrar do passado. Estou
iluminando minha vida, quero fortalecer relações, com paixão. Contemplar o
outro com a certeza de estarmos juntos. Ultrapassando e reacendendo
esperanças, para aquecer meu coração, sem nostalgia. Daqui para frente
, quero jogar flores no mar da felicidade.
Rio de
Janeiro 30/08/2005

54- Não recordes.. Carmo Vasconcelos
Não
recordes quem eu era que essa outra já se foi... Ama esta que te
espera que sendo a mesma afinal te parece desigual pelo quanto o tempo
destrói
Beija os meus olhos pisados sem brilho de tão lavados pelas
lágrimas choradas... Beija os meus lábios vincados que guardam gritos
calados pelas queixas não gritadas
Abraça o meu corpo
lasso deformado pelo cansaço de tantas lutas travadas... E esquece essa
que não volta que o tempo cavalo à solta noutra era a deixou
Olha,
amor, dentro de mim vê como tanta desdita me fez muito mais
bonita... Não recordes quem eu era que o meu amor o que espera é que
ames esta que eu sou!
30/08/2005_Lisboa-Portugal

55- Tristeza
Luís Carlos Belo Araújo
Estou triste porque assim aconteceu Estou
triste porque me sinto em baixo Ao lembrar-me que perdi a minha
juventude Os tempos em que conversava com o meu tio E em que acreditava
num mundo melhor. Fico pensativo e recordo. Recordo também a minha
infância longínqua Em que tudo era puro e sincero Os tempos em que a
família era numerosa E fico a pensar perdidamente. Estar deprimido é um
estado de espírito Próprio de quem já sentiu alegria. E fico a pensar que
amanhã vou estar feliz!
Algueirão, 31 de Agosto de 2005

56- Minha
nostalgia Ivone Zouain Zuppo
Pensar, Sentir, Lembrar... Um
perfume Uma música Uma paisagem... Uma dor delicada Uma tristeza
bonita Que enfeita ausências Criando presenças Enfeitando os
dias Trazendo saudades Mas sem sofrimento É assim a minha
nostalgia Quase uma dor Em forma de alegria
31/08/2005

57-
Amor Que Não Volta Pilar Casagrande Se acaso eu chorar não se
espante, É a tristeza infinita dos amantes. É duro dar muito mais do que
receber! Quem agüenta esse sufoco? Ai, quantas dores me
causaste... Deixaste em pedaços meu coração, Desarmou-me das armas mais
secretas. Caminho agora sem nenhum sentido, Lavo minhas mágoas nos pingos
de chuva, Mês de agosto é mês de chuva, Sinto a chuva lavando minha
alma. No jogo da vida sempre dei sorte, Por que desta vez foi dar
azar? Leia saudade onde escrevi solidão! Tanta saudade, não deu mais para
segurar... Queimando, feito brasa, estava meu coração. O vento e o tempo
não têm compaixão. Hoje, com certeza, não sinto mais nada, Nem amor, nem
dor, nem mágoa... Nascemos sós, só seremos no fim! Novamente estou na
estrada; Adeus moreno do cabelo cacheado! Rio Claro / SP

58-
procuro por ti... Millie o caminho se estende no tempo... as
palavras se perdem no espaço...
ouço o vento sussurrar, e o mar a me
chamar...
navego sem leme, ao vai e vem da maré...
procuro por
ti...
e sem medos debruço-me no infinito...
deixo os sentidos
libertos esqueço os limites...
sou livre para continuar e neste vôo
te encontrar...
estendo minha mão procuro por ti...
SC
12/08/2005 www.millie-sc.com.br

59- Un grito en el silencio.... ©
Noris Roberts
Languidece mi día. Los encajes de limpia
alegría volaron con la luz del día. Saturadas mis horas de tristezas tu
cruel amor fue esa mezcla de traición que jugó con lo mejor de mi
ilusión. Fueron sombras, fueron fantasías, aquel amor que me
regalaste un día. Golpean tus recuerdos mis sentidos. Mis días transcurren
igual como gotas de lluvia que siempre van al mar. En la escuela de tu
vida aprendí la lección. Hoy un grito en el silencio arropa mi
dolor. _Venezuela_

60- Vício da Nostalgia Priscila de
Loureiro Coelho
Tempos modernos, tempo antigo Saudosismo que alavanca
nossa história Em verdade, o passado é sempre amigo Que nos faz imaginar
tempos de glória
Assim caminha, lentamente, a humanidade Buscando algo
que imagina não possuir Insensata, apelida de felicidade Tudo aquilo que
ainda esta por vir...
Vai a vida, quase sempre esquecida Alienada...
displicentemente Apressa-se como dama enlouquecida Deixando esquecido o
presente
Quando a dor lateja e pulsa o ferimento A alma grita expondo
sua fragilidade Em verdade o que corrói é o sofrimento Que desatento a
castiga sem piedade
Como antídoto lança mão do que é
saudade Lembranças alteradas na memória E logo vai acalmando a
ansiedade Que se consome no desejo de vitória
Quanta delícia
experimenta a cada dia Ao lembrar o bem estar que teve outrora O passado é
algoz que ludibria Impedindo a dor de ir embora...
Doce mistério
envolve o ato de viver Mesclando encanto, desencontro e magia Talvez a
sina que provoca o sofrer Esteja na ilusão que é nostalgia
Consultora
de Desenvolvimento de Pessoas

61-
Nostalgia Célia Lamounier
Onde buscar? Aquele
tempo que sinto existir na lembrança de tanta gente ainda
criança vestida de gente...
Onde provar? Nossa alegria de
antigamente, nas ruas correndo, vivendo em poesia um tempo
feliz...
Onde encontrar? Sentimentos unindo um corpo família que
hoje, na parede vazia sem retratos, é só nostalgia... No meu coração.

62- Saudades de Mim Célia
Jardim
Tenho saudades do que fui, tenho saudades do que desejei
ser, tenho saudades de tanta coisa, que às vezes me esqueço, que ainda
estou a viver... Tenho saudades da infância, daquela criança, tão cheia
de sonhos e esperança, que acreditava nos contos de fada, e os buscou na
sua caminhada... Tenho saudades da minha juventude, daquela jovem cheia de
inquietude, que brigava por seus direitos, sem medo, sem
preconceitos... Tenho saudades da mulher que não fui, que viveu de
esperança, que cresceu, e não viveu, seu sonho de criança... Saudades
da mulher que não fui, aquela que tinha coragem de brigar, que acreditava
nos seus projetos, e tinha razões para lutar... Tenho saudades de
mim, porque o tempo não volta atrás, tenho saudades de cada sonho, da
minha infância, da minha juventude, que o tempo deixou para trás... Uma
saudade triste, pois o recordar insiste, que hoje não mais sou aquela
criança, aquela jovem mulher cheia de esperança... Hoje sou tão somente
uma mulher, que já não sonha, não briga, pelo que sonha e
quer...
http://cantinhopoeticoceliajardim.vilabol.uol.com.br www.celiajardim.ebooknet.com.br http://recantosdasletras.com.br/autores/celiajardim

63-
Minha Nostalgia Raquel Caminha Você chegou sem me avisar, foi
logo tomando conta do meu coração, sem nem me deixar respirar. Senti medo
de me entregar a esse louco amor. Assim mesmo, deixei que ficasse, com
todos os mimos que você me dava, eu já estava completamente enamorada. Aos
poucos notei que foi se transformando numa singela amizade. A
transformação foi brutal para mim, que só amava você por inteiro. Quantas
manhãs acordávamos, olho no olho, carinhos sem limites, juras de amor
infinitas. Como meu Deus! De um momento para o outro, todo aquele amor
acabou! Sinto uma nostalgia sem fim, ao ouvir a nossa música tocar, nosso
perfume no ar, espalhado pelo quarto me embriagando de amor. Por que o
fim? Por quê?... Se eu ainda amo demais você!

64- Doce
Nostalgia Edna Liany Carreon Quanto tempo passado lembrados com
saudades! Nostálgicos dias de antigamente. Lembranças da época que não
mais voltará Dias esses em que eu era feliz e não
sabia. Brincadeira de criança, que saudades! brincava de Roda e passa
anel. Coisas que as crianças de hoje nem sabem o que é. De minha
juventude, dos matines todos os domingos, do flerte, namorávamos somente a
nos olhar e sonhava em beijar o namoradinho a luz do luar Que emoção!
Quando o namorado segurava em minha mão. Achava que era pecado um
beijo na despedida já em casa, no portão. Saudade do primeiro
amor! Quanto respeito havia... Ah... acho mesmo que essa doce
nostalgia conseguiu por uns momentos Trazer de volta toda a minha
alegria...
S.José dos
Campos-SP_01/09/2005 www.milhasdeamor.com ednaliany@superig.com.br

65-
Apenas Ilusão Gena Maria
Descobri que não passavas de um sonho...
Amando-te no passado, no presente... Esperando sempre um futuro, me
perdi Saí a minha procura e quase desisti Tive medo de não mais me
encontrar. Depois de muito andar, me encontrei Ainda sentada à beira de
um caminho Caminho que saiu de um sonho Mostrando-me o que é ilusão...
Fui tão iludida por ti... Que meu coração te esqueceu. Hoje não mais
sonho com teu amor Ele não existiu, só pensei que sim... Resolvi tirar-te
de meu passado De meu presente e esperar Que no futuro encontre
alguém Para amar e me querer Como um homem deve amar a uma mulher Só
espero que não demore Pois tenho pressa de ser feliz
Marília-SP

66- Metade da lua José Carlos Avelar
Pela
rua ao longe vinha a noite se aproximando e bem no meio da mesma
rua estava a metade da lua
fiquei olhando para ela que também parou
de surgir e ficou a me fitar em um mútuo namorar
senti, confesso,
vontade de lhe dar um beijo doce ainda que correndo riscos dos ciúmes
do sol que fosse
e pareceu-me ser recíproco ou talvez minha
presunção que a metade da lua na rua me oferecia sua mão
não só
lhestendi a mão, como afaguei seu rosto e nos abraçamos ternos com amor
e muito gosto
parece que as estrelas de ciúmes ou de inveja bem
longe - no alto ao léu - a puxaram de volta ao céu...
Mal sabem que
minh´alma voa (e é segredo meu e da rua) assim nas noites das
noites estarei eu e esta metade da lua!
01.09.2005 - 22:29
hs

67- Feliz daquele que tem saudade... João de
Assis
Desde a primera vez que ouvi esta musica fiquei profundamente
tocado por ela... Foi num relato que a doce poeta Myrian Peres fez sobre
"a saudade que existia dento dela", que extrapolando à nós todos, foi se
aninhar lá dentro, do meu mais profundo recôndito...
Hoje ela voltou
num relato tão gostoso e igualmente bonito da igualmente também doce
poeta, Vyrena , e novamente mexeu e remexeu com os bagulhos que trago
guardados, e que devidamente separados por pastas, ocupam seu lugar de
ouro dentro do meu pobre coração...
E tanto a ouço, que ele, o meu
coração, começou a chorar também lágrimas de uma saudade vivida e
igualmente glorificada...
Éramos jovens e muito pouco da vida
sabíamos... Mas a Pel-Mex mandava em nossos cinemas... Libertad Lamarque,
Miguel Aceves Mejia e Cantinflas, enchiam nossas cabecinhas de fantasias e
sonhos...
Foi aí que os "americanos do norte" cismaram de entrar em
nosso meio... e compraram a Pel-Mex. E uma vez donos dela, fecharam o
mercado brasileiro para as fitas mexicanas e ou, latinas... e em seu
lugar mandaram o Nat King Cole cantarndo em castelhano... e junto com ele,
as fitas de Maciste, Hércules e os famosos faroestes em que o chapeu do
mocinho nunca caia de sua cabeça, mesmo quado ele lutava... E foi assim
que não mais pudemos ver dramas como "Meu hijo debe nascer"; "A casa de
los niños"... Sumiram os grandes boleros e as grandes orquestras, tais
como Romanticos de Cuba, Namorados do Caribe, e outras tantas... E fomos
assim tão descaradamente manuseados, ao ponto de perdermos a nossa
identidade latina para dar vazão aos expansionimos grandiosos do Tio
San... E foi então chegando Paul AnK, Neil Sedaka Pat Boone, Billy Vougan,
Elvis Presley... Inocentes como éramos, tudo aceitávamos. E aos poucos
fomos deixando de falar o "Como te quiero" para dar lugar ao "I love you",
bem como também, aprender a cantar e dançar o rock e o twyst... Foi
este um mal tempo? não... Como disse, aprendemos a gostar desta fase
também... e dela temos também saudades semm conta...
Mas hoje,
passados quase cinquenta anos destas inovações, pergunto: Será que se
tivéssemos ficado atracados mais às nossas raízes latinas, seríamos hoje
um povo mais unido e menos corrompido? Será que ao deparar mos com
as atrocidades deste governo, que age tão contrariamente de quando era
oposição, ou de outro qualquer presidente que nos contrariássemos,
iríamos pelo menos à rua para fazer um "panelaço", para mostrar à eles a
nossa decepção, em vez de tomarmos simplesmente a posição de
papais-Noeis de vitine?. Talvez a nossa história pudesse hoje ser contada
de maneira mais agradavel... É... talvez...

68-
Reminiscências Jorge Linhaça
Idos dias dos primeiros amores quando
a vida era só flores Nostalgia do adolescente descobridor descobrindo os
camonhos do amor
A primeira namorada e o beijo na boca o arrepio pelo
corpo, ansiedade louca O dia dos namorados e o primeiro presente escolhido
com cuidado e zelo inocentes
A vida indo e vindo em constantes
marés os amores se sucedendo, sempre o definitivo agora O coração qual
antigo escravo das galés navegando sem vontade própria mar afora
AH,
nostalgia que encontras em mim guarida que me fazes por vezes a alma
empedernida que por outras me trazes alento á vida que me lembras as fases
da vida vivida
Nostalgia, reminiscências da alma Agonia, alegria,
sernidade,desespero, calma tantos sentimentos conflitantes que meu ser
espalma
Nostalgia, viagem sem passagem no tempo reacender no peito dos
antigos sentimentos repassando uma vida inteira em momentos.

69-
Nostalgia Valeriano Luiz da Silva Em terra diferente... Quanta
saudade a gente sente Às vezes fica vagando a mente É grande a tristeza na
alma da gente Nas minhas viagens pelo mundo Lembrava quase todo
segundo Da minha família e da minha gente Pois estava em terra
diferente Ouvindo uma língua estranha Às vezes passando
vergonha Lembrando do meu Brasil De um povo amável e
gentil Durante o dia se distraia Nos passeios que fazia Mas a
noite que agonia Com saudade da família Às vezes no bolso pouco
dinheiro Lembrava que estava no estrangeiro Pensava se porventura eu ficar
doente Quem vai cuidar da gente Nesta hora a gente valoriza E
sente quanto precisa Da esposa carinhosa E da prole amorosa É bom
viajar E também passear Mas o que tem lá não e como o de cá Onde tudo
que o que se planta dá Nas viagens que eu fazia Grande era a
melancolia Mas ao chegar a minha Pátria eu sentia alegria E me libertava
totalmente da minha nostalgia Anápolis Go,
02/09/05 valerianols@globo.com www.albumdepoeta.com

70- Nostalgia
Zena Maciel
Na magnitude das manhãs azuis deixo descansar a alma
Fico a namorar o mar Vejo-o como um verdadeiro espelho do céu O
olhar perdido entre o sonho e a realidade chora! O mundo é distante
A vida esfacelada A dor grita o desespero de uma saudade nua
Fantasias perdidas ajoelham-se diante de pensamentos impossíveis
Rasgam o véu da nostalgia Adornam elos do passado Quantas perdas!
Com as perdas se vai o lado mais bonito da ilusão O coração fica
adormecido com medo de acordar Quer quebrar-se no útero do
infinito Encontrar retalhos de sonhos Quem sabe desabrochar o hoje Ser
filha do sol!
Recife 02/02/2003
http://geocities.yahoo.com.br/zenainversos/index.htm

71-
Nostalgia Abilio Terra Junior
naqueles tempos distantes eu dançava
com você com nossos rostos colados e nossos corpos aconchegados
e
o seu perfume de jovem querida me deixava estonteado
estávamos
sós naquela sala de uma casa de praia
e passei a noite em
claro
estava apaixonado e me lembrei de você por muito tempo
ainda
morávamos distantes e nunca mais nos encontramos
mas
aqueles doces momentos ficaram em minha lembrança
sua pele macia
sua face enrubescida suas mãos quentes e seu olhar
transparente tocaram meu coração adolescente
Belo
Horizonte http://abilioterrajunior.portalcen.org/index.htm

72-
Nostalgia Plínio Sgarbi _ Brasil
Nostalgia es una lágrima que
corre en el alma de un poeta sin inspiración. Nostalgia es una
nota desafinada que suena en la apatía deun músico que, por
ahora, perdió su tesón. Nostalgia es la rosa marchita en el
campode la soledad. Es un espino que hiere la
emoción. Nostalgia palabra atragantada, en esos tontos
versos, entristecido en consuelo gestos. Visión de un hogar
deshecho quebrando la esperanza de aquella mirada en el derecho, anular
alianza Conformarse en el recuerdo sentido, en la olvidada
mirada, sustituir, engañarse. Se hace distante olvidarse de un
rostro. Se hace difícil gozar el gusto. Amargo sabor de la
nada con un día después del otro, raro foso. Nostalgia es querer
después, mucho después, despertarse y vivir.

73- Saudades!
Saudades!! Ciducha
Ah!! Que saudades!! Saudades do meu
tempo criança.. Saudades da minha inocência... Em que tudo
acreditava!!
Saudades dos meus anos dourados Onde o amor era o que
mais contava Não importa se era verdade ou não Apenas quem eu
amava!
Saudades do grande amor da minha vida Que pouca importancia
tinha Se era ou não correspondida Ah! Que saudades!!
Mas mesmo
assim.. Que saudades... De você, e de mim!!

74- Do Passado Só a
Felicidade Guardei! Eda Carneiro da Rocha
Não quero ser, não vou
ser a que lamenta o que não fez, o que não amou!
Quero
ser! Sou: A que ama que é feliz, que te ama. Hoje, amanhã,
sempre!..
Sinto falta, não de mim, mas de ti! Da fila errada que
entraste! Não me esperaste, para ser teu bem!
Mas para reverso da
medalha, te encontrei, te amo, te amarei, pois não és minha
nostalgia!.. És minha alegria! És tudo que sonhei!
Araruama,
04/09/05 www.albumpoeticoeda.com.br

75- Madrugada dos
poetas... Joyce Lu@zul
Madrugada...lírica e sofrida Quando surge
sua imagem querida Seu rosto distante... antes ausente Agora parece estar
presente Dentro dos olhos azuis da alma Vejo você na madrugada
calma Lembranças... Flutuam na memória Relembro hoje nossa
história Palavras de amor que dissemos Os poemas que juntos
escrevemos Mensagem de amor escrita na tela Da vida foi a poesia mais
bela! Ouço pássaro da noite a cantar Parecendo ser sua voz a me
chamar Lembrando... nossa madrugada fria Pensando... nos poemas que
escrevia Madrugada dos poetas...na tela! Porto Alegre, 27 de
agosto de 2005- 01:33

76- Desenlaces da paixão Joe'A
Pode
chegar o dia que um amor não lhe da mais alegria lhe atormenta, lhe tira a
paz, lhe agonia não ha mais carinhos nem prazer nas caricias
Quem sabe
a amar sabe também a hora de se retirar por não querer mais sofrer por
não querer mais se dar sem receber
Por cuidar e não ser cuidado Por
compreender e não ser compreendido por escutar e não ser escutado Por amar
e não ser correspondido
Ou por sentir que esse amor esta se
esvaindo Que esta nos lodos pantanosos de desamor Com mais incompreensões
que compreensões Prevalecendo os desentendidos
Sente que a
felicidade não mais faz parte do horizonte e que as esperanças se
esgotam que os planos e projetos não se completam
Que as flores no seu
coração começam a murchar Porque não teve quem as cuidasse nenhum carinho
para as regar Quase sem perfume, nas pétalas a cor que esmaece
O
espinho da dor cresce A magoa que não desaparece Sentimentos que
envelhecem Atrações que desaparecem
Um amor que era tão lindo, Uma
paixão que era incandescente, Um tesão que era
adolescente,...agonizantes... Razão molestando o coração

77-
Grito de Nostalgia Victoria Lucia Aristizabal
Mi lengua grita hoy
entristecida de yugo y deshonor, de luz y de justicia por la humanidad,
inquisidora y fría factoría de dolor que construye la muerte donde el
obrero come en su miseria y bebe el niño deborante en su agonía
Hoy
recita la nostalgía que traía y se arropa y se viste de pelea se arrincona
en su cruenta desventura desolada de sombra, sangre y lágrimas constrictor
de corazones el alma tambalea la mano se estrangula y la boca se
silencia
Y surge el corazón enamorado, el mas dolido el de batallas y
murallas, el intrépido con su carne no tiene su defensa ni su nido con su
alma la sorpresa de un cielo defendido camino de recurso, exclusivo y
limitado fértil de música y poema, triste de solos y dolidos
Nostalgia
del crépusculo ardiente y del mañana del hijo que florece en el amor y en la
esperanza llanto del cielo diluido al fraternal consuelo de
añoranza, frente al pan que no se alcanza y la sed que no procura como un
dios derribado humanamente en la paz que no se sana o la luz que no ilumina,
al camino de una fe de lontananza
Tengo palabras para todos y silencios
por los nadas con mi mirada de ansiedad distante y un corazón
crujiente observando en la profundidad el vació flagelante mordiendo en mi
interior el vigor de mi pasión ardiente contra mi propia voluntad vencida y
mi razón desierta en una clara amargura de impotencia, que muere
simplemente
Bogota_Colombia Septiembre 4 DE 2005

78- Nostalgia
Diógenes Pereira de Araújo
Ai, nostalgia! Dói-me a
nostalgia: aquele que eu não sou eu não consigo deixar de ser e busco
alguém amigo que me ajude a viver a alegria
de ser eu mesmo, sem esse
castigo do exílio do que sou. Quem poderia ajudar-me a entrar em
sintonia com o meu eu profundo, sem perigo
de eu me exilar de mim, de
estar fendido e exilado de mim. Quanta aflição! Se eu não sou eu eu vivo
em ilusão
e já não vivo a mim: vivo perdido e há nostalgia; há pois
severa urgência de eu de meu ser tomar mais
consciência.
diogenes@poemanet.com




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